Câmara de Deputados aprova projeto que permite terceirizar e precarizar ainda mais os postos de trabalho



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Onyx Lorenzoni - DEM

Darcísio Perondi – PMDB

José Fogaça – PMDB

Mauro Pereira - PMDB
E-mail: dep.mauropereira@camara.leg.br

Afonso Hamm – PP

Covatti Filho – PP

Jerônimo Goergen – PP

José Otávio Germano – PP

Luis Carlos Heinze – PP

Renato Molling – PP

Nelson Marchezan Junior – PSDB

Luiz Carlos Busato – PTB

Sérgio Moraes – PTB


A Câmara aprovou na noite do dia 22 de abril, por 230 votos a favor e 203 contra, o Projeto de Lei 4330, possibilitando assim a terceirização de qualquer trabalho, o que permite que empresas possam subcontratar qualquer setor de atividade. O projeto segue agora para votação no Senado.

Este projeto de lei foi criado em 2004 pelo ex-deputado federal Sandro Mabel, na época dono de uma grande indústria biscoitos. Antes de prosseguir, vale apontar a único ponto positivo deste projeto, que é o de tentar regrar o atual serviço terceirizado, hoje autorizado somente nas atividades meio, aumentando a responsabilidade tanto das empresas que terceirizam serviços, quanto das que criam bancos de recursos humanos terceirizáveis. No mais a ideia só traz imensos prejuízos ao trabalhador, visto que o Brasil tem hoje 45 milhões de assalariados e 12 milhões destes já são terceirizados e submetidos a condições de trabalho piores as de quem tem o vínculo direto com a empresa. (Quem conhece pessoas que trabalham para empresas “prestadoras de serviços” sabe o quanto reclamam das condições e garantias trabalhistas).

Os trabalhadores terceirizados ficam vulneráveis, sem garantias do pagamento de férias, fundo de garantia e outros direitos. Empresas terceirizadas têm baixa capacidade econômica e estão toda hora pedindo falência. Elas não têm patrimônio nem capital para pagar multas e verbas rescisórias.

Conforme o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) Terceirizados recebem 24,7% a menos, tem jornada semanal três horas maior, estão envolvidos em cerca de 80% dos acidentes de trabalho e são quase totalidade entre os casos em situação análoga à de escravidão.

Num contrato terceirizado fica mais difícil responsabilizar empregadores que desrespeitam os direitos trabalhistas porque a relação entre a empresa principal e o funcionário terceirizado fica mais distante e difícil de ser comprovada.

O projeto prevê também a terceirização dos concursos públicos nas empresas públicas e de economia mista (como Banco do Brasil, Banrisul, Petrobrás, Caixa Econômica Federal, etc). A nova lei também amplia brechas para a corrupção nas terceirizações do setor público e amplia o lobby do capital estrangeiro em setores estratégicos à soberania nacional.

Várias entidades são contrárias, conforme links abaixo:

Das 24 entidades convidadas para audiência pública no Senado, nenhuma se manifestou favorável ao PL das terceirizações aprovado pela Câmara
http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2F-Terceirizar-atividade-finalistica-e-inconstitucional-e-atinge-direitos-fundamentais-%2F4%2F33268

PL 4330 permitirá fechar portas para pessoa com deficiência

Juízes do Trabalho e trabalhadores juntos contra terceirizações

PL da Terceirização gera mais desassistência

Sindicato dos Engenheiros contra a terceirização e o fator previdenciário

Terceirização preocupa sindicato dos professores
http://www.sinprojun.org.br/noticias/terceirizacao-preocupa-sindicato-dos-professores

A lei da terceirização é boa? Depende se você é patrão ou funcionário
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/23/politica/1429813406_631060.html

Comentários

  1. Agora resta a esperança de que o Senado assuma uma posição diferente, de apoio ao trabalhador brasileiro.

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